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O Amilenismo: Um olhar crítico no tocante às suas evidências
Programa 264O Amilenismo: Um olhar crítico no tocante às suas evidênciasO Milênio é um período de tempo espiritual, e não literal. As Escrituras provam esse ponto com sua doutrina das “duas eras.”
Bem-vindos à Rádio WLC, uma subsidiária do Ministério da Rádio WLC. Um ministério online dedicado a aprender como viver e estar constantemente preparado para o retorno do Salvador.
Durante dois mil anos, os crentes de todas as gerações desejaram ser a última geração. Porém, ao contrário da crença popular, Cristo não deu-lhes “sinais dos tempos” para que eles pudessem reconhecê-los como tais. Em vez disso, ele os advertiu uma vez após a outra que a sua vinda pegaria de surpresa até mesmo os escolhidos. Yahushua os alertou sem reservas para estarem prontos, pois ele disse em Mateus 24:44: “À hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá”.
Rádio WLC: Ensinando e preparando corações para o iminente retorno de Cristo.
Parte 1 – O Amilenismo: Um olhar crítico no tocante às suas evidências: (Will e Chris)
Chris de Lucca: “O Milênio”. Esse tema é algo que os cristãos têm esperado por quase 2.000 anos, e sem dúvidas há algumas divergências de opinião sobre quando o milênio ocorrerá e o que acontece durante esse período de tempo. Muitas pessoas acreditam que após o retorno de Yahushua, ele levará com ele os santos de volta ao céu, onde eles reinarão por mil anos antes de retornar à terra para julgar os ímpios e estabelecer o reino de Yahuwah.
Já outros acreditam que o milênio será passado nesta Terra, com Yahushua e os santos reinando sobre ela lá de Jerusalém. Eles acreditam que tanto os santos quanto os ímpios estarão vivos durante esse tempo. Embora o local onde o milênio ocorrerá seja diferente, ambos os grupos acreditam que isso acontecerá após o retorno de Yahushua.
Mas se você não nos sintonizou antes, eu sou Chris de Lucca, e você está ouvindo a Rádio World's Last Chance, onde cobrimos uma variedade de tópicos relacionados às Escrituras, às profecias, às crenças bíblicas, o amor aos nossos semelhantes em sua forma prática, assim como se preparar para o retorno de nosso Salvador. Pessoalmente, em diferentes pontos da minha jornada cristã, acreditei em ambas as visões sobre o milênio, pois fui ensinado a acreditar que iríamos para o céu após o retorno de Yahushua, e que permaceríamos lá por mil anos. Depois de adulto, ao pesquisar a Bíblia de uma forma pessoal, acreditei por um tempo que o milênio seria na Terra, e que aos perdidos seria dada uma nova chance de se arrependerem.
Mas, depois de diversos estudos diligentes, eu deixei de acreditar que essas duas ideias sejam consistentes com o peso da evidência que as Escrituras nos dão. Em vez disso, agora sei que a Bíblia ensina claramente que o milênio é um período simbólico, durante o qual Yahushua reinará. Na verdade, ele ocorrerá antes de seu retorno. Se isso é novidade para você, caro ouvinte, temos programas anteriores e muitos artigos em nosso site que cobrem esse tema de muitos ângulos diferentes, e eu indico que você dê uma olhada nesse material.
Agora, uma das maiores provas de que o milênio, como um símbolo espiritual, é uma realidade já nos nossos dias, é encontrada na realidade de que as Escrituras declaram dois fatos óbvios:
Número 1: Cristo reinará durante o milênio; e número 2: Quando ele retornar, ele irá terminar de estabelecer seu reino, conquistando, assim, todos os inimigos e, naquele momento, entregará a posição de governante de volta a Yahuwah.
Essa visão está claramente evidenciada nas Escrituras e a abordamos em outros programas. Mas hoje vamos olhar para essa realidade de um ângulo diferente, a partir do "Amilenismo" — que é a crença de que o milênio é um período de tempo simbólico que ocorre nesse momento da estória — é a posição mais consistente com as Escrituras. Ela se encaixa melhor no que as Escrituras têm a dizer sobre escatologia, e também é consistente com a linguagem usada em Apocalipse.
Dessa forma, vamos dar uma olhada nisso hoje. E depois teremos mais uma bela promessa preparada pela Laura Lee, sobre o perdão de Yahuwah. Você já se sentiu tão envergonhado que imaginou que não poderia se achegar ao Pai e pedir perdão mais uma vez? Eu sei que já. Se você já se sentiu assim, sei que não vai querer perder a promessa diária de hoje.
Agora, vou passar a palavra para o Will Santos. Will, o tempo é todo seu.
Will Santos: Obrigado, Chris. Vamos começar definindo o que queremos dizer com "escatologia". Escatologia é a parte da teologia que lida com a morte, o julgamento e o fim do mundo. Então, obviamente, o retorno de Cristo e os eventos que o cercam são partes integrantes da escatologia.
Agora, quando verificamos tudo o que a Bíblia tem a dizer sobre o governo de Cristo, o milênio, o julgamento, o retorno de Cristo, o fim do mundo e os pressupostos que contemplam o desenlace do reino de Yah nessa Terra… uma imagem fascinante começa a emergir. Jonathan Menn fez muitos estudos dentro desse assunto, e ele chama a imagem que surge de uma "grade interpretativa", a qual refuta totalmente o pré-milenismo.
Chris: E o que é o pré-milenismo?
Will: O pré-milenismo é a crença amplamente difundida de que Yahushua retornará antes do milênio. Também se acredita que seu retorno é precedido por um período de tribulação.
Agora, como todos sabemos, a verdade é consistente. Essa "grade interpretativa", como Menn a chama, é consistente com as Escrituras e é completa: leva em conta todos os aspectos da escatologia.
Chris: E o que ela é exatamente?
Will: É a ideia de que há duas "eras". Há a era atual e a era por vir. É possível encontrar referências a essas duas eras diferentes em todo o Novo Testamento, e o que encontraremos é… consistência. É por isso que, como Menn coloca, a própria consistência com que essa ideia é apresentada em todo o Novo Testamento cria uma “grade interpretativa” que “ministra um conceito verdadeiramente estrutural para a escatologia bíblica.”
Chris: Então, o que você está dizendo é que, como a Escritura é bastante consistente em como esse termo é usado, ela cria sua própria estrutura pela qual podemos interpretar as passagens das Escrituras que falam sobre o fim desse mundo.
Will: Exatamente.
Chris, eu trouxe meu exemplar do Dicionário Expandido Strong, e eu gostaria que você lesse a definição grega desta palavra. É o número 165. Leia para nós.
Chris: Claro, ahhh… diz:
Aiōn – A ênfase primária desta palavra é o tempo em sua duração ininterrupta. Aion … significa “um tempo, uma era”, e significa um período de duração indefinido, ou o tempo visto em relação ao que ocorre em um certo período. A força atribuída à palavra não é tanto a da duração real de um período, mas a de um período marcado por características espirituais ou morais. … As frases que contém esta palavra não devem ser traduzidas literalmente, mas consistentemente com seu sentido de duração indefinido.
Will: Esta é uma definição significativa. Esta era — o tempo em que estamos vivendo agora — é indefinida, pois nenhuma pessoa sabe nem o dia nem a hora do retorno de Cristo. Esta era termina quando ele retorna, e a próxima era (a "era por vir") começa naquele momento.
Chris: E pelo fato dela representar a eternidade, ela é indefinida.
Will: Correto. Aquela primeira frase que você leu, eu gostaria que você a lesse novamente, pois ela é muito importante.
Chris: Ahhh… "A ênfase primária desta palavra é o tempo em sua duração ininterrupta"?
Will: Sim, é isso. Mas nós vamos falar mais sobre isso um pouco mais tarde, e à medida que avançamos no estudo de hoje, eu gostaria que você tivesse essa definição em mente: "A ênfase primária desta palavra é o tempo em sua duração ininterrupta", pois ela é demasiada importante. Nós não estamos falando de períodos de tempo díspares separados por um lapso, mas de um fluxo contínuo de tempo.
Chris: Certo. Então, não há um lapso de tempo. E há alguma diferença entre esta era e a era por vir?
Will: Sim, com certeza. Esta era é temporal, ou seja, que chegará a um fim, e a era que virá é eterna. Agora, vamos pensar sobre esta era em oposição à próxima. O que ela tem de diferente desta era? O que vivenciamos nesta era que não existirá na próxima?
Chris: Bem… a morte e os impostos!
Will: Verdade. Não haverá sofrimento; a doença e tudo o que acompanha a vida em um mundo pecaminoso e seres com uma natureza caída: é isso que vivenciamos neste momento da estória desse mundo.
Em contraste, o que caracteriza a era por vir?
Chris: Huummm, vida! A vida eterna. Sem doença, sem sofrimento e sem pecado. Será uma vida de pura santidade e contentamento.
Will: E viveremos em novidade de vida. É isso mesmo. Essas duas eras abrangem todo o período de tempo.
Eu tenho aqui uma citação que gostaria que você lesse. É de Geerhardus Vos, extraída de seu livro, A Escatologia Paulina. Comece pela página 25, e leia onde eu marquei.
Chris:
O próprio nome 'aion vindouro' não é meramente expressivo de futuridade, mas também carrega em si o elemento de sucessão direta… Dizer que um pecado não será perdoado nem nesta era nem na era vindoura jamais poderia ter servido como uma fórmula para a absoluta imperdoabilidade ad infinitum, de Mt. 12:32, se houvesse uma lacuna concebível entre os dois aions.
Will: Este é um ponto extremamente importante que não quero abordar de uma forma precipitada. O que ele está dizendo é que a própria palavra — aion, no grego, "era", em português — que ela carrega consigo a ideia de sucessão direta: uma era seguindo a outra, sem devaneios e sem nenhum lapso de tempo. Falaremos mais sobre isso em nosso próximo segmento, mas este é um princípio importante a ter em mente: a própria definição de uma "era" abrange o conceito de que ela segue imediatamente outra era em sucessão direta.
Em Hebreus 6, versículo 5, lemos que os crentes, abre aspas, "provaram a boa palavra de [Yahuwah] e os poderes do mundo vindouro."
Chris: Um antegozo do que nos espera na era vindoura.
Will: Exatamente! Mas é apenas um antegozo porque ainda estamos nesta era. No entanto, está chegando o tempo em que esta era chegará ao seu fim, e será um ponto muito específico no tempo. E assim que esta era terminar, terá seu início, e não há uma lacuna entre as duas eras.
Chris: E qual é esse ponto específico no tempo?
Will: Kim Riddlebarger, em Um Caso para o Amilenismo, diz isso melhor. Abre aspas: "As Escrituras nos dizem explicitamente que a linha de demarcação entre essas duas eras é o segundo advento de nosso Senhor."
Chris: Então, quer dizer que o retorno de Cristo é — o "horizonte de eventos" que delineia uma era da próxima?
Will: É isso. E o que é interessante é que quando você lê as passagens das Escrituras que falam sobre a Segunda Vinda de Cristo, você descobre que há apenas uma vinda — não uma vinda secreta, seguida por uma mais visível; há apenas uma vinda — ou eles falam disso como um único "dia", e essa transição de uma era para a próxima envolve três elementos distintos:
• Uma ressurreição
• Um juízo
• E uma restauração
E nesse momento eu gostaria de dedicar alguns minutos para dar uma olhada em cada um deles nas Escrituras e, à medida que os examinamos, eu gostaria que você observasse como esses três elementos são repetidamente associados ao fim desta era e ao início da próxima.
Eu imprimi os versículos para você, para que ganhemos tempo. Está aqui… comece a ler para nós, por favor.
Chris: Está bem. O primeiro é o de Daniel 12, versículo 2. Ele diz: “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno.”
Will: Obrigado. Esse verso está lidando com o aspecto da ressurreição. E o que vem depois?
Chris: Mateus 13:30. Ele diz: “Deixai-os crescer juntos até à colheita, e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro.”
Ahhh… e a próxima passagem é deste mesmo capítulo, onde Cristo está explicando esta parábola. Ele diz:
O inimigo que o semeou é o diabo; a ceifa é a consumação do século, e os ceifeiros são os anjos. Pois, assim como o joio é colhido e lançado ao fogo, assim será na consumação do século. Mandará o Filho do Homem os seus anjos, que ajuntarão do seu reino todos os escândalos e os que praticam a iniquidade e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes.
Will: Observe como, em apenas uma curta passagem, ele se refere ao “fim dos tempos” duas vezes.
Mas continue.
Chris: Ainda em Mateus 13, versículos 47 a 50.
O reino dos céus é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, recolhe peixes de toda espécie. E, quando já está cheia, os pescadores arrastam-na para a praia e, assentados, escolhem os bons para os cestos e os ruins deitam fora. Assim será na consumação do século: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos, e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes.
Will: Novamente: a “consumação dos séculos”, onde haverá uma separação entre os ímpios e os justos.
Chris: É interessante como há um entrelaçamento óbvio em relação à ressurreição e ao juízo.
Will: Sim, porque o juízo acontece logo após a ressurreição.
Mais algum texto?
Chris: Apocalipse 20, versículos 11 a 15.
Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.
Will: Esta próxima seção lida com o segundo elemento, que é o julgamento ou o juízo, que acontece quando os ímpios serão condenados e os justos receberão sua recompensa. Mas leia, para nós, algumas outras passagens.
Chris: Atos 17:31 diz: “Porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos.”
A seguir, o texto é o de Romanos 14:10 a 12:
Tu, porém, por que julgas teu irmão? E tu, por que desprezas o teu? Pois todos compareceremos perante o tribunal de Yahuwah. Como está escrito: Por minha vida, diz Yahuwah, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua dará louvores a Yahuwah.
Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Yahuwah.
2 Coríntios 5:10, diz: “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo.”
Will: O terceiro aspecto que encontramos repetido quando falamos sobre o fim desta era e o início da próxima é a restauração do mundo de volta ao que Yahuwah originalmente pretendia que fosse. Vamos ler onde temos algumas menções sobre isso.
Chris: Huummm… Atos 3:19 a 21, diz:
Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados, a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério, e que envie ele o Cristo, que já vos foi designado, Yahushua, ao qual é necessário que o céu receba até aos tempos da restauração de todas as coisas, de que Yahuwah falou por boca dos seus santos profetas desde a antiguidade.
Romans 3:19 a 21:
Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados, a fim de que, da presença de Yahuwah, venham tempos de refrigério, e que envie ele o Cristo, que já vos foi designado, Yahushua, ao qual é necessário que o céu receba até aos tempos da restauração de todas as coisas, de que Yahuwah falou por boca dos seus santos profetas desde a antiguidade.
E, finalmente, 2 Pedro 3:11 a 13, diz:
Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do Dia de Yahuwah, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão. Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça.
Will: Assim, a destruição deste mundo, mais sua recriação, é parte do que acontece com a transição de uma era para a outra.
As Escrituras manifestam que a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem. A verdadeira fé é extremamente poderosa que pode parecer tola para os descrentes, mas ela nunca é "cega". Por sua própria definição, a fé jaz no conhecimento que se tem do caráter do doador da promessa e na certeza que o conhecimento traz. É por isso que Paulo pôde declarar, abre aspas: "Mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia", fecha aspas. Quando submetemos nossa sabedoria à "insensatez" de Yah, novas oportunidades se abrem diante de nós e grandes bênçãos espirituais são colocadas à nossa disposição.
Uma delas é poder evidenciar neste momento presente o poder da ressurreição em nosso viver diário, uma vez que a ressurreição de Cristo tem o poder de transformar vidas. E à medida que nos submetemos a esse poder, vidas que fazem parte de nossa esfera de influência também podem ser transformadas.
Junte-se ao Chris e ao Will, querido ouvinte, ao eles abordarem esse assunto fascinante e inspirador e que nos traz esperança. Procure pelo programa 257, intitulado "Uma Fé Tola". Novamente, o programa é o 257, “Uma fé tola”, no https://www.worldslastchance.com/portuguese.
Como a ressurreição de Cristo impacta os crentes nos dias de hoje? Como a ressurreição de Cristo, por meio dos crentes, está impactando o mundo em nossos dias? Quando Cristo retornar, ele porá fim à sua missão que lhe foi dada, que é a de estabelecer o reino de Yahuwah. Mas até lá, estaremos vivendo e empreendendo sob o governo de Cristo. Como que isso irá funcionar em sua forma prática? Ouça o programa “Uma fé tola” para descobrir o que nos aguarda!
Parte 2
Will: Em nosso último segmento, você leu, Chris, a definição de aion — ou “era”, em português — e que tem como ênfase principal o conceito de tempo em sua duração ininterrupta. Em outras palavras, o tempo é um fluxo contínuo e ininterrupto, e que não contempla nenhum lapso de tempo. E esse é o problema com a crença de que o milênio é um período de tempo literal após o retorno de Cristo. O pré-milenismo é inconsistente com as repetidas elucidações das Escrituras no tocante às “duas eras”.
Chris: Como assim?
Will: As Escrituras são muito claras em dizer que, quando esta era chegar ao seu fim, a próxima terá o seu início. Já vimos as diferenças nas eras, mas com o pré-milenismo, há um lapso de tempo onde, após o retorno de Yahushua, o mal coexistirá com a justiça, e os perdidos ainda estarão vivos, e nesse período, os redimidos receberão como galardão a imortalidade.
Creio que você poderia chamar esse ponto de sobreposição, mas é mais uma lacuna — um período de tempo fora desse decurso, onde não é nem esta era nem a vindoura. Mas, novamente, isso contradiz o que as Escrituras repetidamente afirmam: que o retorno de Yahushua sinaliza o fim desta era e o início da próxima. Naqueles dias, haverá a ressurreição dos justos e dos injustos. Os justos serão recompensados com a vida eterna, e os injustos receberão sua punição, que será seguida pela recriação da Terra. Tudo isso acontece no retorno de Cristo, que é o ponto de transição desta era para a era vindoura.
Nós não podemos colocar um lapso de tempo de mil anos dentro desses eventos. E a qual "era" esse lapso se encaixaria? A esta? Mas como isso seria? Os justos já terão sido galardoados com a imortalidade, e assim não se encaixaria neste tempo que estamos vivendo agora.
E que tal a era vindoura? O fato é que as Escrituras dizem que o pecado não existirá na era vindoura. Então, novamente, é uma lacuna de mil anos.
Chris: Sim, e isso não é consistente com as Escrituras, é? Se tentarmos inserir o milênio após o retorno de Cristo, ele, obviamente, teria que ser contabilizado como parte da era vindoura. Mas, então, teremos o problema do pecado e dos pecadores ainda existentes, e não são assim que as coisas funcionam.
Will: Essa é a falha letal na lógica do pré-milenismo, e ela não se encaixa. Cria um tempo fora do tempo, e isso contradiz as Escrituras.
Eu gostaria de dar uma olhada nos capítulos finais do Apocalipse. A maior parte do Apocalipse já foi cumprida no primeiro século, mas os últimos capítulos tratam do fim desta era e do início da próxima com o retorno de Cristo. Abra, Chris, em Apocalipse 19 e vamos começar a ler pelo versículo 11. Nós não temos tempo para ler o capítulo inteiro, mas vamos ler alguns versículos para entender a essência do que traz essas linhas.
Chris: "Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça."
Will: O que se segue é uma descrição de Yahushua em termos muito bélicos. O que dizem os versículos 14 e 15?
Chris: “E seguiam-no os exércitos que há no céu, montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro. Sai da sua boca uma espada afiada, para com ela ferir as nações; e ele mesmo as regerá com cetro de ferro e, pessoalmente, pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso.”
Will: Novamente, uma imagem muito bélica. Ela desmantela as nações, e esta é a linguagem da vitória.
Agora, vá para os versículos 19 a 21.
Chris:
E vi a besta e os reis da terra, com os seus exércitos, congregados para pelejarem contra aquele que estava montado no cavalo e contra o seu exército. Mas a besta foi aprisionada, e com ela o falso profeta que, com os sinais feitos diante dela, seduziu aqueles que receberam a marca da besta e eram os adoradores da sua imagem. Os dois foram lançados vivos dentro do lago de fogo que arde com enxofre. Os restantes foram mortos com a espada que saía da boca daquele que estava montado no cavalo. E todas as aves se fartaram das suas carnes.
Will: Aqui descreve uma vitória satisfatoriamente completa que os conquistados — Satanás e seus seguidores — não mais voltarão a perpetuar. Cristo sagrou-se vencedor, e o pecado não mais se levantará em uma segunda oportunidade.
Agora vamos para o próximo capítulo, Apocalipse 20. É mister lembrar que, quando João escreveu este livro, ele não inseriu divisão de capítulos e versículos, e temos que ler Apocalipse 20 no contexto desta vitória completa obtida e descrita no capítulo anterior. Leia os três primeiros versículos do capítulo 20.
Chris:
Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos; lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil anos. Depois disto, é necessário que ele seja solto pouco tempo.
Will: Você consegue ver o problema, Chris? Os pré-milenistas dirão que este evento descreve Satanás sendo amarrado durante os primeiros mil anos após a Segunda Vinda. Mas minha pergunta é: Quais seriam as nações que ele estaria sendo impedido de enganar quando, em Apocalipse 19, vemos que Cristo já terá derrotado todas as nações?
Chris: Huummm. Esse é um bom ponto.
E como você reconcilia isso?
Will: Bem, vamos para 1 Coríntios 15 e ler os versículos 24 a 26. Esta é uma passagem-chave que, quando entendida corretamente, prova que estamos agora mesmo vivendo o milênio, e isso não acontece depois que Yahushua retornar. Seu retorno é quando o milênio espiritual — e esta era — chegam ao fim.
Leia, por favor: 1 Coríntios 15, versículos 24 a 26.
Chris: "E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder. Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés. O último inimigo a ser destruído é a morte.”
Will: E, então… virá… o fim. E o que acontece depois?
Chris: “Ele entrega o reino ao Deus e Pai.”
Will: Depois de fazer o quê?
Chris: Ahhh… “Quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder.”
Will: Cristo reina até que todos os seus inimigos sejam destruídos. O que não entendemos é que estamos atualmente sob o governo de Cristo, pois Ele tem reinado desde que ascendeu ao Céu e foi exaltado para sentar-se à direita de Yahuwah. Este não é um governo futuro, mas sim a nossa realidade nos dias de hoje.
E sabemos disso em virtude do que a passagem que acabamos de ler nos diz. O último inimigo a ser destruído é… o quê?
Chris: A própria morte.
Will: E isso acontece quando Cristo retornar. Vamos agora lá para os versículos 51 a 55. O que eles dizem?
Chris:
Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita:
Tragada foi a morte pela vitória.
Onde está, ó morte, a tua vitória?
Onde está, ó morte, o teu aguilhão?
Will: Este é o “fim” referenciado no versículo 24. O fim desta era se torna uma realidade quando a própria morte é destruída, e esse fato nos leva a algo que nunca vimos antes, ou seja, que traz consigo o fim do governo de Cristo.
Leia os versículos 27 e 28.
Chris:
Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, certamente, exclui aquele que tudo lhe subordinou. Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.
Will: Os pré-milenistas querem que acreditemos que Yahushua reina durante um milênio que ocorre após seu retorno. Mas esses versículos aqui mostram a impossibilidade disso. Por quê? Porque Yahushua reina somente até que "todas as coisas" estejam sujeitas a ele. Uma vez que Cristo tenha conquistado, ele, então, devolve as rédeas do governo a Yahuwah e se coloca em sujeição ao Pai.
Chris: Acho interessante que Paulo tenha usado nesta passagem o título "Deus". Isso deixa claro que Yahushua não é "Deus". Ao usar "Deus" para se referir a Yahuwah nesse ponto, Paulo está deixando claro que somente Yahuwah é Deus, e Yahushua não o é, pois Ele é totalmente humano.
Will: E como nunca vimos isso antes?
Chris: Eu sinceramente não sei.
Will: Pois é. Vamos voltar para Apocalipse 20 e ler os versículos 7 a 9.
Chris:
Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a peleja. O número dessas é como a areia do mar. Marcharam, então, pela superfície da terra e sitiaram o acampamento dos santos e a cidade querida; desceu, porém, fogo do céu e os consumiu.
Will: Lembre-se que, pouco antes disso, Yahushua já haverá conquistado seus inimigos. A maneira como Apocalipse é escrito, o apóstolo que o escreveu frequentemente volta e descreve os mesmos eventos de um ângulo diferente, e é isso que está acontecendo aqui. A destruição de seus inimigos traz um fim a esta era. Isso significa que o milênio deve ocorrer antes do retorno de Cristo, e não depois.
Chris: E certamente não teremos um período de mil anos para ser cumprido depois!
Will: E há semelhanças claras entre Apocalipse 19 e Apocalipse 20.
Eu tenho aqui comigo uma cópia do livro, A Promessa do Futuro, de Cornelis Venema. Você poderia, por favor, Chris, abrir na página 314 e ler onde está marcado ali perto do final?
Chris: "Os paralelos entre essas visões — na linguagem simbólica usada nas profecias do Antigo Testamento e seus conteúdos — são muito penetrantes e convincentes que produzem apenas uma explicação provável: elas estão descrevendo o mesmo período da história, os mesmos episódios e a mesma conclusão no fim de uma era", fecha aspas.
Will: Outro ponto a ter em mente é que, em seu retorno, Yahushua ressuscitará os justos. Você lembra o que diz 1 Coríntios 15:53? “Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade”. Com os ímpios destruídos e os justos revestidos da imortalidade, para Cristo não haverá pecadores impenitentes, bem como não haverá a possibilidade dos santos governarem em um milênio pós-Segunda Vinda. Está tudo acabado, e uma nova “era” de justiça, onde somente Yahuwah governa, tem o seu início.
Você está ouvindo a Rádio World Last Chance.
Rádio WLC: Ensinando e preparando corações para o iminente retorno de Cristo.
Yahuwah criou a cultura do antigo Israel para ser uma luz distinta para o mundo, e parte da própria fundação dessa cultura era ajudar aos outros. Na verdade, os antigos israelitas deveriam auxiliar aos outros como um ato de adoração porque entendiam que, ao dar aos pobres, estavam, na realidade, dando a Yahuwah.
Este é um conceito que se perdeu em grande parte em nosso mundo moderno. Mas, quando entendemos o que Yahuwah pretendia que o ato de dar realmente significasse, nós seremos inspirados e impulsionados a passar adiante as bênçãos que recebemos aos nossos semelhantes.
O programa 146, intitulado “Fé sem reservas e o dom da beneficiência”, pode ser encontrado, juntamente com outros programas transmitidos anteriormente, no https://www.worldslastchance.com/portuguese. Ouça hoje o programa “Fé sem reservas e o dom da beneficiência”, na Rádio World’s Last Chance! Aprenda as lições que Yahuwah pretendia ensinar ao perceber que, para nós, é impossível abençoar outros na mesma medida que a Yahuwah é possível fazê-lo!
Parte 3
Will: Então vamos agora falar sobre as duas ressurreições.
Chris: As duas ressurreições? Como você pode ter duas se o milênio é espiritual, e não literal? O que quero dizer é que fui ensinado desde criança que haveria uma ressurreição dos justos no retorno de Yahushua, seguida pela ressurreição dos ímpios após o milênio. E como você pode dizer que há duas ressurreições quando sabemos que o próprio milênio é espiritual?
Will: Essa é uma ótima pergunta. Nós já vimos como o milênio é espiritual, concomitante ao reinado de Cristo, que começou após sua ascensão e quando ele foi exaltado para sentar-se à direita de seu Pai. Sendo esse o caso, a primeira ressurreição também é espiritual, ou seja, é um símbolo de uma nova vida em Cristo que os crentes experienciam agora por meio da fé.
E na minha percepção, parece que você está parecendo um tanto cético. Você ainda está com sua Bíblia aberta em Apocalipse 20? Se sim, leia os versículos 4 a 6 para nós, por favor.
Chris:
Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Yahushua, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos.
Will: Observe, novamente, que "Deus" e "Cristo" são dois indivíduos singulares, e somente Yahuwah é Deus, e Yahushua não.
Mas, há paralelos entre esta passagem e outras que acredito que apoiam que a "primeira" ressurreição é espiritual e que ocorre antes da ressurreição física que acontece no retorno de Cristo.
Chris: Por exemplo!
Will: Ahhh, por exemplo temos João 5. Leia o versículo 25.
Chris: "Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão."
Will: Aqui está falando sobre a vida espiritual, e todos os que ouvem o evangelho e creem nos méritos do sangue de Cristo viverão. É uma ressurreição espiritual, e é por isso que ele expressou "vem a hora e já chegou". Mas vamos comparar essa fala com os versículos 28 e 29.
Chris: Ahhh… "Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo."
Will: Observe que aqui Cristo, desta vez, não acrescenta "essa hora virá e ela já se tornou uma realidade". E essa passagem está falando sobre a ressurreição física que ainda é futura.
Vamos dar uma olhada em uma outra passagem que tem paralelos com Apocalipse 20:4 a 6. Por favor, abra em Efésios 2 e leia os versículos 4 a 7.
Chris: Certo, diz:
Mas Yahuwah, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Yahushua; para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Yahushua.
Will: Aqui Paulo se refere aos crentes como sendo vivificados, ressuscitados e assentados com Cristo nos lugares celestiais. Tudo isso é claramente espiritualmente falando, e não estamos fisicamente sentados com Cristo nos lugares celestiais, e dessa forma, a ressurreição que ele descreve também é, neste contexto, que é o espiritual.
Eu tenho aqui uma citação do livro, A Ressurreição do Filho de Deus, escrito por N. T. Wright. Você poderia ler para nós, Chris? É a que está com um asterisco.
Chris: "Sem minimizar a esperança futura da ressurreição real em si, o fato de que a igreja vive no interstício entre a ressurreição do Messias e sua nova vida em si e derradeira significa que o uso metafórico da linguagem 'ressurreição' pode ser adaptado para denotar a vida cristã concreta descrita em [Efésios] 2:10."
Will: Em outras palavras, Efésios 2 está usando esses termos espiritualmente, assim como João faz em Apocalipse 20, versículos 4 a 6. Este é um uso metafórico, e esses não são os únicos dois lugares mencionados dessa forma! Esse uso metafórico de comparar a vida espiritual a uma ressurreição aparece em todo o Novo Testamento.
O que 2 Coríntios 5, versículo 17, diz?
Chris: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.”
Will: E Gálatas 6:15?
Chris: “Pois nem a circuncisão é coisa alguma, nem a incircuncisão, mas o ser nova criatura.”
Will: Colossenses 2, versículos 11 a 13.
Chris:
Nele, também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo, tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos. E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos.
Will: Mais um: Colossenses 3, versículos 1 a 4.
Chris:
Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Yahuwah. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Yahuwah. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória.
Will: Então, claramente, a morte e a ressurreição usados metaforicamente é um tema recorrente nas Escrituras. Vemos isso também nas palavras de Cristo, em Lucas 20, versículos 37 e 38. Você poderia ler isso para nós?
Chris: Claro. Huummm… "E que os mortos hão de ressuscitar, Moisés o indicou no trecho referente à sarça, quando chama ao Senhor Yahuwah de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. Ora, Deus não é Deus de mortos, e sim de vivos; porque para ele todos vivem."
Will: A palavra "ressuscitar", no versículo 37, vem do grego egeirō. É uma das principais palavras do Novo Testamento que é traduzida como "ressurreição". Meu ponto é que Yahushua está usando uma linguagem muito clara de "ressurreição" ao falar sobre Abraão, Isaque e Jacó, e ainda assim: eles já foram ressuscitados?
Chris: Não. Não fisicamente. Pelo menos, ainda não.
Will: Então há uma clara precedência para "ressurreição" sendo usada em um sentido simbólico e metafórico.
Mas há mais. Apocalipse 20 contém indícios contextuais que apoiam a interpretação da primeira ressurreição espiritual no versículo 4, e ao mesmo tempo interpreta literalmente a segunda ressurreição no versículo 5.
Aliás, você poderia ler novamente esta passagem para nós? Vamos deixar claro em nossas mentes sobre o que estamos falando.
Chris:
Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Yahushua, bem como por causa da palavra de Yahuwah, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Yahuwah e de Cristo e reinarão com ele os mil anos.
Will: Este é o único lugar nas Escrituras onde delineamos claramente a "primeira ressurreição" e a "segunda morte". A "segunda ressurreição" e a "primeira morte" estão implícitas, mas claramente compreendidas.
Agora, usar a palavra "primeira" para descrever "ressurreição” é o que nos permite saber que a primeira ressurreição é diferente da segunda.
Chris: Como assim? Não entendi!
Will: A primeira ressurreição é qualitativamente diferente da segunda. Eu tenho aqui uma citação que explica o que quero dizer. É do livro de Alexander Fraser, A Chave para as Profecias do Velho e Novo Testamento, os quais ainda Não chegaram à sua Completude.
Chris: Deve ser um livro bem antigo, com um título tão longo assim!
Will: Você está certo. Foi publicado em 1802, mas é de domínio público e está disponível no Google Books. Mas eu imprimi a parte que eu gostaria que você lesse. Aqui está.
Chris: Diz: "Os termos, primeira e segunda, são usados nas Escrituras para distinguir assuntos que são em alguns aspectos semelhantes, mas em outros são muito diferentes, para que não confundamos uma com a outra."
Will: Nós vemos isso em todas as Escrituras, como as palavras primeiro e último, antigo e novo e, ahhh… primeira e segunda. Todas são usadas para traçar um contraste e demonstrar uma diferença qualitativa, em oposição a fazer uma declaração sobre sequência. Não está dizendo: "Essas coisas são semelhantes, e que apenas uma vem primeiro e a outra vem em segundo". Não é isso! Em vez disso, ela está fazendo uma comparação para mostrar as diferenças.
Chris: Então… deixe-me ver se entendi direito. O que você está dizendo é que, quando Apocalipse 20 se refere à "primeira ressurreição", não é uma referência a duas ressurreições separadas que são, para todos os efeitos, semelhantes. Em vez disso, está contrastando com a "segunda morte" e uma implícita "segunda ressurreição."
Will: É isso mesmo. Na verdade, quando pensamos sobre isso, o próprio fato de que a “segunda ressurreição” é meramente implícita e não explicitamente pautada é mais uma prova de que as duas ressurreições são qualitativamente diferentes.
J. Webb Mealy fez um estudo aprofundado sobre isso em sua obra, Depois dos Mil Anos: Ressurreição e o Juízo Baseado em Apocalipse 20. Você poderia, por favor, ler apenas esse parágrafo?
Chris:
João se recusa a mencionar a "segunda ressurreição" pelo nome no capítulo 20:13 [ou no 20:5-6], não porque a ressurreição não esteja em perspectiva, mas porque ele deseja desencorajar a própria ideia… de que o "restante dos mortos" vivenciará a "vida" no sentido mais profundo quando finalmente "ressurgirem novamente" com seus corpos… A segunda "ressurreição", a dos impenitentes, dificilmente pode ser chamada assim porque não resulta em vida eterna, mas na segunda morte.
Wow! Essa é uma visão muito interessante sobre isso.
Will: É muito perspicaz. E encontramos esse método de contraste em todo o Novo Testamento.
Aqui está uma outra citação, de Alexander Fraser, que eu gostaria que você lesse. Seus insights foram realmente profundos.
Chris: “As Escrituras mencionam frequentemente o segundo ou novo nascimento. O primeiro nascimento é o do corpo. É necessário que o segundo também seja assim? … O segundo nascimento é, sem dúvida, uma alegoria. Mas segue-se que o primeiro nascimento também é uma alegoria?”
Will: O ponto dele é que podemos ter duas aplicações: uma física; e a outra metafórica.
Vemos isso em 1 Coríntios, capítulo 15. Por que você não abre lá para nós? Nessa passagem há um contraste entre o primeiro Adão, que tinha um corpo perecível, com o segundo ou último Adão, que tem um corpo espiritual.
Leia os versículos 42 a 48.
Chris:
Pois assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder. Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual. Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante. Mas não é primeiro o espiritual, e sim o natural; depois, o espiritual. O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do céu. Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e, como é o homem celestial, tais também os celestiais.
Will: O primeiro Adão trouxe a morte; já o segundo Adão traz a vida, ou seja, é estabelecido nesse ponto contrastes qualitativos. Paulo resume isso claramente no versículo 49. Por que você não lê isso para nós também?
Chris: “E, assim como trouxemos a imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do celestial.”
Will: Yahushua fez a mesma coisa em suas parábolas. Leia seu uso deste recurso literário em Marcos 2:21 e 22.
Chris:
Ninguém costura remendo de pano novo em veste velha; porque o remendo novo tira parte da veste velha, e fica maior a rotura. Ninguém põe vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho romperá os odres; e tanto se perde o vinho como os odres. Mas põe-se vinho novo em odres novos
Will: Paulo faz isso também muitas vezes. O que ele diz em 2 Coríntios 5, versículo 17?
Chris: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.”
Will: Outro tema que Paulo repete é o contraste entre o “velho” homem e o “novo.” Você poderia ler Efésios 4, versículos 22 a 24, por favor?
Chris: “No sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Yahuwah, em justiça e retidão procedentes da verdade.”
Will: E fica ainda mais claro em Colossenses 3, versículos 9 e 10.
Chris: Ahhh… "Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou."
Will: Então, Chris, agora que você viu como que tudo isso funciona dentro de um contexto, vamos usar um recurso literário que é usado para traçar contrastes e aplicá-los a Apocalipse 20.
No versículo 4, onde diz que aqueles que viveram e reinaram com Cristo por mil anos — tudo isso está em um sentido metafórico, ou seja, à vida que lhes foi restaurada é de uma forma espiritual. Esta é a primeira ressurreição mencionada no versículo 6, e é em decorrência do que eles desfrutaram dessa ressurreição espiritual que a segunda morte, também mencionada no versículo 6, não tem poder sobre eles.
Chris: Então, para resumir: a primeira ressurreição ocorre agora, enquanto ainda estamos vivendo em nossos corpos físicos; e somente os crentes experimentam essa ressurreição, porque ela é espiritual.
Will: É exatamente isso.
Chris: Só para ficar claro, a “segunda” ressurreição que está implícita é a ressurreição física que ocorre quando Cristo voltar?
Will: Sim, no fim desta era.
Chris: A “primeira” morte implícita é, claramente, física. A segunda morte, então, é… espiritual?
Will: Nós poderíamos considerar dessa forma, ou seja, é espiritual e física. Para todos os que rejeitaram a primeira ressurreição com Cristo, eles morrem espiritualmente, e sua punição é a morte física que dura para sempre. Eles nunca chegarão à segunda era, a era da justiça, quando Yahuwah estará à frente de Seu reino para sempre.
Uma vez que aplicamos às Escrituras a “grade interpretativa” de Jonathan Menn, podemos ver claramente que as Escrituras apresentam duas eras: nossa era atual e a era vindoura, e tudo o que é terreno, temporal e pecaminoso faz parte de nossa era presente. A era vindoura tem seu início quando a própria morte é destruída em face do retorno de Cristo, e toda a eternidade futura está dentro de uma “era vindoura”.
Essa visão não deixa espaço algum para um intervalo de tempo de mil anos após o retorno de Yahushua. E a ideia de que a Segunda Vinda é seguida por um milênio, seja no Céu ou aqui na Terra, não é consistente com as Escrituras. O que precisamos fazer hoje é escolher aceitar a salvação pela fé, para que possamos, agora, ser "ressuscitados" com Cristo em uma ressurreição espiritual. Assim, quer ele retorne enquanto estivermos vivos, ou em algum momento no futuro, a segunda morte não terá poder sobre nós.
Chris: Amém! "E nossa prece é, vem Senhor Yahushua! Venha sem demora!"
A seguir temos a Laura Lee, com a Promessa Diária de hoje!
Promessa diária (Laura Lee)
Olá! Eu sou a Laura Lee com sua Promessa Diária da Palavra de Yah.
De acordo com o capelão Wendell Hawley, quando os missionários morávios levaram a mensagem do evangelho aos esquimós pela primeira vez, eles encontraram uma grande dificuldade. Eles descobriram que na língua nativa não havia uma palavra para perdão!
Dessa forma, eles tiveram que criar uma novo substantivo composto para comunicar essa ideia. O termo criado é um conjunto de letras que aparentam ser significativas, e provavelmente não conseguirei pronunciá-la corretamente, mas é algo como: Issumagijoujungnainermik. Uau! Que sopra de letrinhas! Deixe-me tentar novamente: Issu-ma-gijou-jung-nainer-mik.
É um tanto complicado para pronunciá-la, mas seu significado é realmente incrível. Significa: "Não-ser-capaz-de-pensar-sobre-isso-mais."
A maioria dos cristãos se apega à promessa encontrada em 1 João, capítulo 1, versículo nove, que diz: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça". Essa é uma promessa preciosa!
O problema é que muitos de nós começamos a ouvir Satanás quando ele vem e nos sobrecarrega com a culpa. E quando esse sentimento nos atingir, estaremos a um passo para duvidar que, de fato, fomos perdoados! Se isso acontecer com você, lembre-se de Isaías 43, versículo 25, que diz: “Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro.”
E se Yahuwah os apaga, e se eles nem sequer existem mais na mente do Criador, eles ainda assim podem realmente existir?
O livro de Miquéias, na última página de seu livro, ele termina com um vislumbre bastante inspirador e que fala da atitude do Pai em relação aos pecadores. Ele diz:
Quem, ó Eloah, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade
e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? Yahuwah não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia. Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniquidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar.
Há muitas promessas reunidas nessa curta passagem! Você percebeu onde diz que Ele tem prazer na misericórdia!? Ele se alegra em nos tratar melhor do que merecemos.
Ele pisará aos pés as nossas iniquidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar, e então, como disse um pregador do evangelho, ele colocará uma placa, que diz: "Não pesque!"
Recebemos grandes e preciosas promessas. Vá e comece a reivindicá-las!
Parte 4
Chris: Eu gostaria de te agradecer, querido ouvinte, por se juntar a nós neste programa. Se você gostou do programa de hoje e gostaria de compartilhá-lo com um amigo ou familiar, você poderá encontrá-lo em nosso site, no https://www.worldslastchance.com/portuguese. Procure pelo programa de número 264, intitulado “O Amilenismo: Um olhar crítico no tocante às suas evidências”. Novamente, o programa é o de número 264, intitulado “Amilenismo: Um olhar crítico no tocante às suas evidências.”
E esperamos que vocês possam se juntar a nós novamente amanhã, e até lá! E, lembrem-se: Yahuwah te ama. . . e Ele é digno de confiança!
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Este programa e os episódios anteriores da Rádio WLC estão disponíveis para download em nosso site. Eles são ótimos para compartilhar com amigos e para usar em estudos bíblicos! Eles também são um excelente recurso para aqueles que realizam seus cultos a Yahuwah sozinhos em seus lares. Para ouvir os programas transmitidos anteriormente, visite nosso website, no https://www.worldslastchance.com/portuguese. Clique no ícone Rádio WLC exibido em nossa página inicial.
Em seus ensinamentos e parábolas, o Salvador não deu “sinais dos tempos” para que eles fossem reconhecidos como tais. Em vez disso, a essência de sua mensagem era de vigiar … sem cessar. Junte-se a nós novamente amanhã para uma outra mensagem repleta de verdades ao exploramos vários tópicos que apontam para o retorno do Salvador e de como viver e estar constantemente preparado para recebê-lo de braços abertos quando ele vier.
Rádio WLC: Ensinando e preparando corações para o retorno iminente de Cristo.
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